Por Universa/UOL
Você sabia que, mesmo o pênis não tendo osso, é possível quebrá-lo? A fratura peniana geralmente acontece durante o sexo, e uma única posição seria responsável por cerca de metade dos casos deste tipo de lesão. Segundo Karan Raj, cirurgião do sistema de saúde britânico (National Health Service ou NHS, em inglês), a "cowgirl invertida" é a posição mais perigosa do mundo para o pênis.
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Cowgirl invertida: por que é perigosa?
A posição consiste no homem deitado por baixo e a mulher montada por cima. Porém, ao invés de ficar de frente, a mulher fica de costas para o parceiro.
Por estar de costas para o homem durante a penetração, a mulher não tem visão do que está acontecendo. Nesses casos, há mais riscos de ocorrer uma fratura peniana, já que a parceira não consegue perceber visualmente se há algum desconforto para o homem no ritmo, na força e na direção em que a penetração está acontecendo.
Como acontece a fratura peniana?
Caso os movimentos não estejam sincronizados durante o sexo, é possível haver uma fratura. Ela pode acontecer, por exemplo, quando o pênis ereto escapa da região anal ou vaginal e acaba sendo dobrado ao colidir com outra região do corpo da parceira. Traumas no órgão, como fortes pancadas, também podem provocar a fratura.
Como se trata de um órgão sem osso, o que acontece não é exatamente uma fratura e, sim, uma ruptura nos corpos cavernosos que compõem o pênis. Esses corpos são estruturas cilíndricas, responsáveis por armazenar o sangue no pênis durante a ereção.
A lesão em si acontece em uma camada chamada túnica albugínea. Quando essa camada se rompe, há a liberação abundante de sangue no órgão, o que deixa o pênis extremamente inchado e curvado para um dos lados. O resultado é popularmente apelidado de "pênis berinjela", devido à semelhança com o alimento.
Sinais incluem dor e até barulho. Os sinais de uma fratura peniana, são: dor intensa no local, perda repentina da ereção e, em alguns casos, um estalo audível e sangue na urina.
Os cuidados e o tratamento
Os traumas durante o sexo são responsáveis por quase 60% das fraturas penianas. Segundo um estudo de 2021 divulgado pelo National Center for Biotechnology Information, dos Estados Unidos, 57,2% dos pacientes que já aram por esse problema tiveram a fratura enquanto o pênis estava ereto em meio à relação sexual. No entanto, a fratura pode acontecer até mesmo durante o sono, quando há uma ereção involuntária e o órgão pode ficar pressionado demais ou torto.
Estudo brasileiro elencou as posições mais perigosas. Publicada em 2014, a pesquisa revelou que 50% dos casos de fratura peniana ocorrem nas posições sexuais em que as mulheres ficam por cima —como a cowgirl invertida. A segunda posição mais perigosa é a de quatro (29% dos casos analisados); enquanto a mais segura é a chamada "papai e mamãe", em que o homem fica por cima (21% dos casos).
Caso haja uma fratura peniana, é necessário avaliação médica. O atendimento rápido e adequado ajuda a prevenir eventuais complicações e sequelas da lesão. Em alguns casos, é necessária a realização de cirurgia para identificar o local exato da lesão e fazer uma sutura, além de remover possíveis coágulos sanguíneos.
A falta de tratamento pode provocar a formação de um tecido decorrente da lesão nos corpos cavernosos. A pessoa também pode desenvolver disfunção erétil permanente e uma curvatura anormal do pênis durante a ereção, o que dificulta o ato sexual.
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