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Texto de Ricardo Kertzman:
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"As últimas aparições e manifestações públicas do presidente Lula deixam claras que, em 2026, muito provavelmente teremos, outra vez, para o azar do país, uma disputa polarizada em que – impressionante! – os temas centrais não serão economia, segurança e desenvolvimento, mas… Alexandre de Moraes!
Sim, é verdade. Xandão traz consigo uma série de debates adjacentes como liberdade de expressão, regulação de redes sociais, abuso de autoridade, ativismo judicial etc., mas a causa é uma só: a possível e cada vez mais provável condenação e prisão do ex-presiente Jair Bolsonaro Jair Bolsonaro – e seu 'herdeiro' político no ano que vem.
O lulopetismo aderiu de vez ao papel de advogado de defesa de Moraes e do próprio STF. Figurões do PT e demais partidos aliados se manifestam com cada vez mais frequência sobre o assunto, e agora investem contra o deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um possível candidato bolsonarista para 2026.
Dudu Bananinha, entre vitimismo persecutório e messianismo patriota, atua nas redes em busca de mais visibilidade eleitoral. Seus vídeos vão de discursos ufanistas otimistas a uma suposta atuação em conjunto com o governo Trump para 'salvar o Brasil' das garras da 'Ditadura da Toga', como gostam de adjetivar.
Como o alvo – o Judiciário brasileiro – dá motivos de sobra para críticas, as ilações, deturpações e invencionices acabam encontrando terreno fértil, com grande apelo popular, para narrativas catastrofistas a la 'o Brasil vai virar uma Venezuela', como se os próprios bolsonaristas não conspirassem nesse sentido (figurado).
Se o lulopetismo – que sempre foi autocrático – quer um Estado cada vez mais vigiado e regulado, o bolsonarismo jamais desejou algo diferente, apenas, claro, governado por si mesmo. Ambos, como sabido, de democratas só têm o discurso, mas conseguem, cada um a seu modo, convencer seus eleitores do contrário.
Com a popularidade em queda livre e o cenário macroeconômico cada vez mais complicado, restará a Lula a crispação ideológica, contra o bolsonarismo radical, como sua principal plataforma e bandeira eleitoral: 'Não podemos deixar o país cair nas mãos dos golpistas, fascistas blá blá blá outra vez'.
Já ao campo opositor, na falta de um líder “de centro” verdadeiramente capaz de seguir ao segundo turno das eleições com chances reais de vitória, sobrará o apoio ao 'poste' que será ungido pelo Messias (possivelmente encarcerado), tal qual assistimos em 2018, com a dupla petista Lula e Haddad.
Se isso de fato ocorrer, será a constatação final e irrefutável da nossa já conhecida miséria política, aprisionada no populismo vazio e na completa falta de projeto de nação. Será mais uma eleição (oportunidade) jogada fora e mais quatro anos atirados na lata de lixo. Raramente uma eleição é tão importante assim.
Alexandre de Moraes será o trunfo ideal dos dois lados do picadeiro. O lulopetismo o transformará em seu cabo eleitoral perfeito, já que o permitirá esquecer dos dramas reais (inflação, violência, corrupção etc.), para se ater à falsa defesa da democracia e, sobretudo – a depender das ações do governo Trump -, à soberania da nação.
Já o bolsonarismo irá utilizá-lo de modo oposto, como a versão togada de Nicolás Maduro e a ameaça de isolamento internacional do Brasil – novamente, a depender do que fará a istração americana. Ao candidato de Bolsonaro não será exigido plano de governo, mas apenas o rótulo de um “el libertador”, bem ao modo caudilhista latino-americano.
Se Xandão já é o todo-poderoso do Olimpo político-judicial brasileiro, em 2026 seu nome estará nos píncaros do Everest e será – como hoje – tema central do debate eleitoral. Que bom que o mesmo tem a solução para todos os nossos males, não é mesmo?
Aliás, por que não Alexandre de Moraes para presidente da República? Obviamente, trata-se de ironia."
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