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Neta desvia R$ 200 mil do avô e tenta pôr culpa no presidente Lula para justificar sumiço de dinheiro, diz delegado

Publicado em 27/05/2025, às 12h26
Desvios começaram em 2021, quando a neta ou a ser responsável por cuidar das finanças do idoso - Foto: Reprodução/TV Globo
Desvios começaram em 2021, quando a neta ou a ser responsável por cuidar das finanças do idoso - Foto: Reprodução/TV Globo

Por g1

Uma mulher de 35 anos é suspeita de desviar cerca de R$ 200 mil de contas bancárias do próprio avô, de 87 anos, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.

Segundo o delegado Gabriel Munhoz, os valores eram provenientes da aposentadoria mensal que o idoso recebe e de um precatório (dívida paga após processo judicial).

"O inquérito revela que a suspeita entregava apenas parte do valor da aposentadoria ao idoso, alegando que o restante estava guardado. Quando questionada sobre o décimo terceiro salário pelo idoso, afirmava que 'o Lula tinha cortado', evidenciando seu dolo e desprezo pelo avô", afirma Munhoz.

De acordo com a investigação, a neta também realizava empréstimos e abria contas no nome do avô sem a autorização dele e chegou a criar uma personagem fictícia, que se apresentava como funcionária da Caixa Econômica, para enganar o idoso. Saiba mais abaixo.

Conforme o delegado, os desvios começaram em 2021, quando a neta ou a ser responsável por cuidar das finanças do idoso.

As fraudes só vieram à tona após o filho da vítima descobrir que o Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) do carro do idoso estava atrasado havia três anos, mesmo após o idoso ter entregado dinheiro à neta para o pagamento.

Munhoz também afirma que a mulher não trabalha e usava o dinheiro desviado do avô para se sustentar.

A suspeita foi indiciada por estelionato, majorado pelo crime ser cometido contra idoso. Ela também responde pelo crime ter sido cometido de forma continuada, uma vez que, segundo o delegado, os golpes foram aplicados ao longo de vários anos.

Extrato bancário mostra que mulher começou a desviar dinheiro no mesmo dia em que valor de precatório caiu na conta do idoso, segundo delegado — Foto: Cedida pela Polícia Civil
Extrato bancário mostra que mulher começou a desviar dinheiro no mesmo dia em que valor de precatório caiu na conta do idoso, segundo delegado — Foto: Cedida pela Polícia Civil

Para o crime, o Código Penal prevê pena de até 10 anos de prisão. Ela vai responder em liberdade.

Segundo Munhoz, em depoimento, a neta negou os atos. O nome dela não foi divulgado.

"Os fatos não se deram como relatado pela autoridade policial. A suposta vítima era avô da acusada e colaborava voluntariamente para sua manutenção. Ademais, os valores são inferiores aos indicados no inquérito. Mas, mesmo não tendo ocorrido qualquer fraude, a acusada pretende ressarcir ao avô pelos valores emprestados", aponta o advogado dela, Fernando Madureira.

O delegado Gabriel Munhoz afirma que a neta se aproveitava da confiança depositada nela pelo avô e pelo restante da família e se oferecia para "ajudar" o idoso a sacar a aposentadoria.

No entanto, ela transferia parte do valor para a própria conta, deixando o idoso acreditar que o dinheiro estava sendo guardado. As investigações apontam que, no total, ela desviou cerca de R$ 72 mil da aposentadoria do avô.

Um precatório recebido pelo homem também foi alvo de desvios. Nesse caso, a mulher se apropriou de cerca de R$ 109 mil do total de R$ 123,8 mil que foram depositados na conta do homem, explica o delegado.

"Do valor total do precatório, apenas R$ 14 mil foram efetivamente reados ao avô, tendo sido informado que o restante estava 'investido' ou 'bloqueado', quando, na verdade, os valores foram sendo retirados ao longo do tempo", diz Munhoz.

A mulher também criou uma personagem fictícia chamada "Jessica", supostamente funcionária da Caixa Econômica. "[A personagem] ligava informando sobre bloqueios na conta e valores a serem retirados, além de abrir contas em outros bancos para desviar parte do valor", detalha Munhoz.

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