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Quando o filho de 7 anos começou a ter problemas para se expressar verbalmente, a técnica de enfermagem Beatriz Paulino Belo, de 23 anos, pensou ser uma brincadeira. No entanto, logo, a dificuldade de falar de Alexandre se somou a um quadro de fala arrastada, desvio de rima labial (sorriso torto) e um estrabismo em ambos os olhos — acendendo um sinal de alerta na família, que mora em Planaltina (DF).
Imediatamente, Beatriz decidiu levar o filho ao pronto-socorro público mais próximo. Ao chegar à unidade de saúde, o garotinho já não conseguia mais engolir a saliva e estava com uma grande dificuldade para respirar. “Era como se a garganta estivesse fechando”, a mãe relatou em entrevista à CRESCER. Como Alexandre também tem Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), chegou-se a pensar na possibilidade de uma desregulação na dosagem da medicação, mas Beatriz insistiu que poderia ser uma situação mais grave e decidiu consultar uma segunda avaliação em um hospital particular.
Após ser avaliado mais uma vez, Alexandre foi encaminhado às pressas para uma tomografia, pois os médicos suspeitavam que o paciente estava tendo um Acidente Vascular Cerebral (AVC) — um quadro mais raro no público infantil, com incidência estimada de 5 a 10 casos para cada 100 mil crianças/ ano, conforme informações do portal Agência Einstein.
Contudo, o exame relevou apenas uma condição conhecida como panasinusite, uma sinusite crônica, que afeta os seios paranasais da face. Dessa forma, o pequeno começou a tomar antibióticos para combater a infecção. O que intrigou os médicos e familiares é que esse quadro não explicava todos os sintomas do paciente. Por isso, foi necessário solicitar mais exames. Ao realizar a Angiografia por Ressonância Magnética (exame de imagem que permite visualizar os vasos sanguíneos), foi constatado que Alexandre possuía uma alteração em seus ventrículos, juntamente com um cisto no cérebro.
Segundo Beatriz, o filho nunca apresentou nenhum sintoma relacionado ao quadro. “O neuropediatra ainda não se sabe exatamente o que causou, porém, informou que aconteceu este Ataque Isquêmico Transitório”, a mãe explicou. Felizmente, o pequeno não desenvolveu nenhuma sequela.
O Ataque Isquêmico Transitório (AIT) ocorre quando uma artéria cerebral entope ou se rompe, provocando um déficit neurológico. A boa notícia é que esse tipo de quadro — diferentemente do Acidente Vascular Cerebral (AVC) — tem uma recuperação completa e dura menos de uma hora, sem deixar lesões permanentes, assim como ocorreu com Alexandre.
Embora apresente baixa gravidade, Ataque Isquêmico deve ser avaliado com cautela pelos médicos, uma vez que a repetição de AIT pode levar ao AVC. “O AVC é formado quando os trombos de sangue sobem até a circulação sanguínea cerebral, alcançam uma artéria e entopem uma área de circulação, causando isquemia e morte daquela área cerebral. Formamos esses trombos o tempo todo naturalmente. Mas quando perdemos essa batalha e as enzimas não conseguem destruir essas formações, temos o AIT, ou o AVC, que é quando esse coágulo chega ao cérebro e causa a obstrução”, detalha João Brainer Clares, professor de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ao Portal do Ministério da Saúde.
Como prevenir
Sintomas
Com informações Ministério da Saúde
Fase de recuperação
Após o susto, Alexandre vem sendo acompanhado por neuropediatra e também será avaliado por um hematologista. Beatriz ainda explica que o pequeno precisou suspender a medicação para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade temporariamente.
Agora, Alexandre está bem, mas permanece de repouso, evitando grandes esforços físicos e estresse. Ao vivenciar essa experiência, Beatriz alerta sobre a importância de estar atento aos sintomas dos pequenos. “Quando sentimos um pressentimento de que aquela atitude e atendimento médico está inadequada, solicite outra opinião. Pois se eu fosse totalmente leiga sobre o quesito de saúde, com toda certeza meu filho não estaria mais entre nós. Qualquer sintoma fora do habitual em seu filho, monitore, pois isso pode ser crucial no início de um atendimento de emergência”, declarou.
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