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Leite condensado diluído vira leite? Vídeos virais levantam debate sobre valor nutricional

Publicado em 20/05/2025, às 10h32
Imagem Leite condensado diluído vira leite? Vídeos virais levantam debate sobre valor nutricional

Por Assessoria

Uma nova tendência tem chamado atenção nas redes sociais: a diluição do leite condensado em água para transformá-lo em leite. Vídeos viralizaram mostrando pessoas experimentando a mistura e confirmando que ela realmente se assemelha ao leite comum. Mas será que essa alternativa oferece os mesmos benefícios nutricionais?
Para entender melhor, é interessante voltar à origem do leite condensado. Criado em 1856 pelo norte-americano Gail Borden, o produto surgiu como uma solução para conservar o leite por mais tempo. Com a Guerra Civil Americana (1861-1865), tornou-se essencial para alimentar soldados devido à sua alta concentração de calorias. Mais tarde, a Nestlé ajudou a popularizar o leite condensado pelo mundo, chegando ao Brasil em 1890, com o famoso Leite Moça.
No país, o produto se consolidou na cultura gastronômica, especialmente após a criação do brigadeiro em 1945. Durante a campanha presidencial do Brigadeiro Eduardo Gomes, eleitoras misturaram leite condensado com chocolate para vender o doce e arrecadar fundos. O candidato não venceu a eleição, mas a receita conquistou o Brasil.
Agora, com a viralização da ideia de diluir o leite condensado para consumo como leite, surgem questionamentos sobre seus efeitos nutricionais. Nutricionistas analisam se a mistura contém os mesmos nutrientes do leite tradicional e se pode ser usada como substituição no dia a dia.
O que dizem os especialistas?
O nutricionista Abelardo Moreira Lima, professor do curso de Nutrição da Estácio, explica que leite e leite condensado são produtos distintos e não possuem a mesma composição nutricional:
"Leite condensado e leite convencional são produtos diferentes. O leite condensado é obtido a partir da desidratação parcial do leite, do leite concentrado ou até mesmo de leite reconstituído com adição de açúcar. Esse produto pode ter teores de gordura e proteína ajustados conforme a característica desejada pelo fabricante."
Ele ressalta que, ao diluir o leite condensado, a composição nutricional resultante não se equipara à do leite tradicional:
"Se fizermos uma comparação simples para obter a mesma quantidade de cálcio presente no leite convencional, a reconstituição do leite condensado resultaria em um produto com muito mais calorias, menos proteínas e maior quantidade de carboidratos. Isso demonstra que a composição nutricional é modificada."
Além disso, Abelardo alerta para os riscos do alto teor de açúcar do leite condensado:
"O consumo excessivo de açúcar refinado é prejudicial à saúde. Pessoas com intolerância à glicose, pré-diabéticas, diabéticas ou que estejam buscando restrição calórica devem evitar essa prática. Uma alternativa mais segura para armazenar leite por mais tempo é o leite em pó, que pode ser reconstituído conforme a orientação do fabricante.”
Consumo de leite no Brasil
Uma estimativa do Centro de Inteligência do Leite apontou que, em 2023, o consumo no Brasil foi de 183 litros por habitante ao ano. Esse número representa um crescimento em relação aos anos anteriores, superando os valores de 2021 (176 litros) e 2022 (179 litros). É o maior consumo registrado desde 2014, quando o país também alcançou 182 litros per capita.

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