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Huawei provoca EUA durante visita de secretária à China e lança celular 5G

Publicado em 31/08/2023, às 17h29
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Por Nelson de Sá/FolhaPress

A gigante chinesa de tecnologia Huawei lançou seu novo smartphone, o Mate 60 Pro, dizendo ser o mais potente que já produziu, sem detalhar especificações. Testes indicaram que usa chip mais avançado, com velocidade para sustentar conexão 5G.

Jornais como o taiwanês Digitimes, referência na cobertura de tecnologia, afirmam que contém "de fato um SoC [chip que integra vários componentes] qualificado para 5G" e até segue a tendência do mercado de oferecer ligação via satélite. A revista Caixin, de Pequim, também confirmou.

Um teste em especial, a engenharia reversa realizada em vídeo pelo influenciador de tecnologia chinês Lou Bin, do canal Wekihome, mostrou que o Mate 60 Pro alcançou velocidade para 5G. Ele havia adquirido dois aparelhos na loja da Huawei em Shenzhen, a única com venda além das plataformas online.

"Ele sem dúvida tem velocidades 5G sólidas", diz Lou. "É realmente um momento histórico. A Huawei conseguiu, todo mundo sabe que isso não é fácil."

Apontou que o equipamento busca autossuficiência de alto a baixo: bateria e órios são todos fabricados pela própria Huawei, mais Wi-Fi, Bluetooth e ICs (circuitos integrados) de gerenciamento de energia de sua subsidiária HiSilicon e soluções de áudio da AAC Technologies, também de Shenzhen.

O lançamento estava previsto para o dia 12 de setembro, mas foi antecipado em duas semanas, para esta quarta-feira (30), ao que tudo indica, para coincidir com a visita à China da secretária de

Comércio dos EUA, Gina Raimondo. Apareceu online quando ela estava no trem-bala de Pequim para Xangai.

Raimondo dirige o departamento que mais sancionou a Huawei, nos últimos quatro anos. A empresa foi proibida de usar os chips 5G da taiwanesa TSMC, que era sua fornecedora e também da Apple, a partir de maio de 2019. Chegou a ar a coreana Samsung e liderava em vendas globais de smartphones.

Outras ações adotadas contra a Huawei incluíram o veto ao uso das ferramentas do Google e do próprio sistema Android, daí o desenvolvimento de seu HarmonyOS, que foi atualizado junto com o Mate 60 Pro. Também a prisão domiciliar por quase três anos da diretora financeira Meng Wanzhou, no Canadá.

O próprio jornal Global Times, ligado ao PC chinês, ironizou em editorial a "coincidência" do lançamento com a visita. Citando Raimondo pelo nome, publicou que "o povo chinês já não espera grandes ajustes dos EUA, mas, se diminuir sua contenção extrema contra a China, certamente vamos receber isso bem".

Com o preço fixado em 6.999 yuans, cerca de R$ 4.770, o Mate 60 Pro tem uma velocidade máxima de , segundo os testes reproduzidos online, entre 500 a 800 megabits por segundo (Mbps), acima do teto de 300 Mbps e da velocidade típica de 100 Mbps para 4G.

Nota da a de investimentos Sanford C. Bernstein afirmou não estar claro qual empresa vem fabricando os chips Kirin 9000S, desenvolvidos pela própria Huawei para 5G, mas que se acredita ser chinesa.

O mais provável é que tenham sido produzidos pela SMIC, de Xangai.

A tecnologia usada para fabricação seria N+2, que a própria SMIC já descreveu como atrasada vários anos em relação à TSMC, que fornece seus chips mais avançados para o iPhone, da Apple. A competitividade do Mate 60 Pro seria também afetada, no exterior, por não poder usar o Android

Por outro lado, nota da empresa de investimentos HuaJin Securities, de Xangai, previu impacto positivo sobre a cadeia de suprimento de tecnologia no país e arriscou que o Mate 60 Pro serviria como um catalisador para smartphones mais avançados, de origem chinesa.

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