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Homem que matou esposa com tiro no rosto em Murici vai a júri popular

Publicado em 07/06/2024, às 14h44
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Por Theo Chaves

A Justiça de Alagoas decidiu mandar a júri popular Jefferson Marcos Timóteo da Silva, acusado de matar a tiros a esposa, Carla Janiere da Silva Barros, de 24 anos, dentro de uma loja do casal, em Murici, em novembro de 2023. A decisão é da juíza Paula de Goes Brito Pontes, da Vara do único Ofício de Murici, e foi proferida durante audiência realizada na última terça-feira (4).

Na decisão, a juíza cita que crimes a exemplo do feminicídio praticado por Jefferson, que são dolosos contra a vida, competem ao Tribunal Popular do Júri, que vai decidir se o réu é culpado ou não. A magistrada  justificou a pronúncia de Jefferson com base na denúncia apresentada pelo Ministério Público de Alagoas, que detalhou como o feminicídio da empresária Carla Janiere aconteceu,

"No dia 14 de novembro de 2023, por volta das16:00 horas, na Loja Linda Morena Store, localizada na Rua José Leão, nº 40-B, nesta cidade, o réu Jeferson Marcos Timótio da Silva, movido por motivo torpe, mediante meio cruel e com emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, ceifou a vida da sua companheira, Carla Janiere da Silva Barros, que foi alvejada por cinco projéteis de arma de fogo, nas regiões escapular direita, ombro direito e face esquerda. Dois dos cinco disparos foram realizados à curta distância (queima a roupa), agindo em razão da condição de sexo feminino da vítima", citou a juiza. 

A juíza Paula de Goes Brito ainda reforçou a decisão citando os depoimentos de testemunhas durante a primeira audiência de instrução do caso. Segundo os relatos, o feminicídio teria sido motivado pela não aceitação de Jefferson em ver a vítima istrando o próprio negócio. Ele foi denunciado pelo crime de homicídio qualificado, praticado por motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. 

"Consta da instrução a informação de que a vítima fora segurada pelo pescoço e pelos cabelos, o que, sinaliza maior sofrimento provocado pela conduta do réu. Quanto à qualificadora do motivo torpe, também entendo haver indícios suficientes de sua existência, uma vez que, pelos depoimentos colhidos nessa primeira fase processual, há sinais de que o crime tenha sido motivado pela não aceitação do réu em ver a vítima istrando o próprio negócio, ou seja, não aceitação de sua sua independência, o que, aparentemente, configura motivo torpe", completou a juíza.

O caso

  • Carla Janiere foi executada a tiros dentro de uma loja recém-inaugurada pelo casal, em novembro de 2023, no município de Murici. 
  • Todos os disparos atingiram ela na região da cabeça;
  • Antes de ser assassinada, Carla havia tido uma grave discussão com Jeferson e a briga foi filmada por uma funcionária da loja;
  • Nas imagens, Jeferson aparece bastante agressivo e acaba quebrando o balcão do estabelecimento;
  • No mesmo dia em que foi morta, Carla também chegou a enviar uma mensagem para a funcionária, identificada como Débora, dizendo que estava com medo da reação agressiva do marido. Na conversa, a empresária pediu para que Débora relatasse aos familiares o ocorrido; 
  • Após cometer o crime, Jeferson se escondeu no interior da loja e se fingiu de morto para tentar enganar os policiais, mas a farsa foi descoberta e ele acabou preso;
  • Jeferson Marcos Timóteo, que está preso desde o dia do crime, já foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas por crime de feminicídio.

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