{ "@context": "http://schema.org", "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "WebPage", "@id": "/noticia/nid/confianca-do-empresario-do-comercio-segue-em-queda-na-capital/" }, "headline": "Confiança do empresário do comércio segue em queda na capital", "url": "/noticia/nid/confianca-do-empresario-do-comercio-segue-em-queda-na-capital/", "image": [ { "@type":"ImageObject", "url":"/media/_versions/2024/11/comercio_centro_widexl.jpg", "width":"1200", "height":"675" } ], "dateCreated": "2025-03-07T11:45:21-03:00", "datePublished": "2025-03-07T11:45:21-03:00", "dateModified": "2025-03-07T11:45:21-03:00", "author": { "@type": "Person", "name": "Ascom Fecomércio" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "TNH1", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/static/logo/logo.svg" } }, "articleSection": "Economia", "description": "Recuo de \u002D4,8% na variação mensal pode sinalizar redução no consumo e, consequentemente, no volume de negócios" }
Ao que os números indicam, os empresários do comércio de Maceió andam um pouco desanimados neste início do ano. De acordo com a pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), em fevereiro o indicador marcou 106,6 pontos frente aos 112 pontos de janeiro, representando um recuo de -4,8% no mês. Considerando que, em janeiro, já havia tido queda de -1,6% neste indicador, estes resultados indicam uma maior percepção na redução no consumo e, consequentemente, no volume de negócios.
LEIA TAMBÉM
A queda na confiança, que nos últimos meses vinha oscilando entre as empresas maiores e as menores, acabou sendo uma realidade para os dois grupos, em fevereiro, caiu -2,3% nas empresas com mais de 50 colaboradores e -4,8% nas com menos de 50 colaboradores.
Apesar dos desempenhos negativos em termos mensais, na comparação anual o resultado é positivo, com crescimento de 1,7%. “A queda na confiança do empresário pode ser resultado do lento esfriamento da economia brasileira já observado desde final de 2024. Para 2025, aparentemente, existem expectativas mais a longo prazo do que o que está sendo sugerido pelo conjunto de dados negativos na comparação mensal”, observa o assessor econômico do Instituto Fecomércio, Francisco Rosário.
Apesar da queda, intenção de investimento está maior do que em 2024
O resultado geral negativo reflete os subindicadores que compõem o ICF, já que todos tiveram queda mensal. O de Condições Atuais apresentou variação mensal de -6,0% e, anual, de 10,6%. Essa comparação anual pode sinalizar força na retomada da confiança, pois indica que a concorrência, a demanda por produtos ou serviços específicos, as tendências de mercado, além dos lucros, estão em condições melhores que em 2024.
O subindicador de Expectativas (IEEC), importante para entender como os empresários estão se preparando para o futuro próximo, teve variação mensal de -5,4% e anual de -5,6%. E o subindicador de Intenções de Investimento (IIEC) recuou -3,1%, no mês, mas subiu 4,7%, no ano. Com isso, apesar da queda nas intenções de investimento em relação a janeiro, é possível dizer que empresários ainda estão mais dispostos a investir neste ano de 2025 comparado a 2024. “Tanto que as expectativas para contratação de funcionários aumentaram 6,5% em relação ao ano anterior, indicando uma perspectiva positiva para o mercado de trabalho. Além disso, houve aumento de 7,2% no nível de investimento das empresas, o que reflete um otimismo cauteloso”, avalia Rosário.
Números negativos não implicam dizer que o cenário geral é ruim
Analisando-se o desempenho dos números em relação aos segmentos, fevereiro teve queda de -5,34% nas expectativas dos empresários do setor de bens duráveis, indicando uma recuperação quando comparado aos -10,4% de janeiro. Por outro lado, adas as festas de fim de ano e as férias de verão, o segmento de semiduráveis sentiu mais a mudança nos negócios, marcando -6,78% nas expectativas; um aumento frente aos -2,4% de janeiro. Já o segmento de não-duráveis, que tinha apresentado aumento de 3,3% nas expectativas, em janeiro, teve queda de -2,10%, em fevereiro.
Frente a tantos indicadores negativos, o economista explica que é necessário cautela, pois não implica dizer que o cenário geral é ruim. “É preciso considerar que as micro e pequenas empresas dominam o comércio de Maceió. Por esse tamanho de empresa ser mais frágil e sensível, qualquer alteração no ambiente de negócios interfere de forma, às vezes, desproporcional nos sentimentos dos pequenos empresários locais. Isso pode ser um motivo da volatilidade destes números, e não necessariamente os reais fundamentos da economia e o ambiente de negócios local como um todo”, explica Rosário.
Para ele, também necessário considerar que bens duráveis e semiduráveis são mais sensíveis ao crédito, que está mais caro desde o último trimestre de 2024, e que os bens não-duráveis são mais impactados pela renda e pela inflação, que estão sendo pressionadas desde o segundo semestre do ano ado; e tudo isso reflete na dinâmica econômica atual.
+Lidas