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O consumo moderado de vinho, especialmente o tinto, há muito tempo é associado a benefícios para o coração. Mas até que ponto essa relação é baseada em evidências científicas?
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De acordo com um estudo publicado no European Heart Journal trouxe novos dados sobre esse tema, analisando o impacto da dieta mediterrânea em pessoas com risco de doenças cardiovasculares. Segundo a pesquisa, que acompanhou 1.232 pessoas com diabetes tipo 2 ou fatores de risco como tabagismo, colesterol alto e obesidade, aqueles que consumiram de meia a uma taça de vinho por dia reduziram em 50% o risco de eventos cardiovasculares, como infarto ou AVC.
Os compostos do vinho
De acordo com o cardiologista Roberto Yano, esses efeitos estão ligados aos compostos presentes no vinho tinto. “O vinho contém polifenóis, como o resveratrol, que têm propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, podendo ajudar na saúde dos vasos sanguíneos e na redução do colesterol ruim (LDL), o que contribuiria para possíveis benefícios do consumo moderado da bebida”.
Ainda não há consenso na ciência
Uma pesquisa publicada na revista científica The Lancet pontua outro lado da questão, questionando a teoria de que o consumo moderado de álcool pode trazer benefícios à saúde.
O estudo, conduzido por especialistas do Reino Unido e da China, acompanhou 500 mil adultos chineses por uma década e concluiu que até mesmo doses moderadas aumentam a pressão arterial e o risco de acidente vascular cerebral (AVC).
Os pesquisadores, ligados a instituições como a Universidade de Oxford e a Academia de Ciências Médicas da China, apontam que uma ou duas doses diárias elevam o risco de AVC em 10% a 15%, enquanto quatro doses por dia podem aumentar esse percentual para 35%. Para o estudo, uma dose equivale a uma taça de vinho, uma garrafa de cerveja ou uma medida padrão de destilado.
“Este é um exemplo de estudo na linha contrária dos benefícios do consumo de vinho para o coração. Ainda não há consenso na ciência sobre a relação, então é razoável dizer que os benefícios não são confirmados, e que há riscos conhecidos no consumo de álcool”, ressalta Roberto.
Vinho não é remédio
Apesar dos estudos sugerirem que o consumo moderado de vinho possa ser benéfico em alguns casos, Roberto reforça que ele não deve ser visto como um tratamento.
“Se a pessoa não tem o hábito de beber, não há necessidade de começar apenas pelos possíveis benefícios ao coração. Existem outras formas mais comprovadas de cuidar da saúde cardiovascular, como exercícios físicos, boa alimentação e controle do estresse”, ressalta.
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